domingo, outubro 18, 2009

O que é o Diga Lá?

PERFIL

“Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas
não consegui.
Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e
comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo!”

TRECHO DE CONTO POPULAR (AUTOR DESCONHECIDO)



Definir o Diga Lá é mais difícil do que pode parecer. Indo pela etimologia dos termos, Diga vem do latim dicere, que significa expor. Já vem do latim illac, significando ali. Mesmo sendo esta uma conclusão bastante interessante, não é exatamente como “expor ali” que o Diga Lá pode ser definido.

Muitos dos que fazem parte da comunidade do Colégio Santa Cecília já devem ter ouvido ou visto algo referente ao Diga Lá. Uma matéria aqui na Interatividade, uma cobertura exposta no site da escola, um debate realizado por este grupo de nome instigante... Mas, o que realmente é o Diga Lá?

Semanalmente, um grupo de alunos do Santa Cecília se reúne em uma sala do setor de comunicação para discutir os mais diferentes temas da atualidade. Munidos de muito senso crítico e disposição, estas mentes pensantes se unem à jornalista Janaína de Paula para debater os assuntos relevantes ao mundo. Este é o Diga Lá, “uma renovação a cada semana”, como completou a ex-participante Camila Mont’Alverne, hoje do 3º ano. Talvez não seja muito fácil entendê-lo dessa forma, mas só se compreende realmente a essência do grupo ao fazer parte dele.

O Diga Lá surgiu em 2004 como uma frequente reunião entre monitores de sala, mas não demorou muito a ganhar a cara que tem hoje. Sendo aberto aos alunos interessados principalmente em comunicação, o grupo é formado basicamente por gente dos 9º (Ens. Fundamental), 1º e 2º ano (Ens. Médio). À medida que os anos vão passando, o Diga Lá vai se renovando com a saída dos membros mais velhos e a chegada de membros mais novos. Os próprios veteranos são responsáveis por convidar novos integrantes e, assim, manter o ciclo natural do grupo. Para Camila, que conviveu com quatro formações diferentes do Diga Lá, “é uma novidade a cada formação”. E diz ainda: “é muito satisfatório ver que fomos ganhando respeito e notoriedade do colégio a cada renovação, afinal, não deixamos de ser um canal de interação entre o institucional e o corpo discente”.

E mesmo com todo dinamismo do grupo, é inevitável a formação de laços entre os integrantes, “afinal, são aquelas pessoas com quem você vai passar um tempo discutindo toda semana”, afirma Camila. Hoje, fazem parte do Diga Lá: Ana Luiza, Bruno, César, Erick, Hanna, Juliana, Wendy, Mauro, Natasha, Thalita, Rafaela e Raíssa. E são esses integrantes que mantém com desenvoltura – a exemplo do que foi feito pelas formações dos anos anteriores – seus espaços aqui na revista Interatividade, no site da escola e no blog do grupo, sendo este último o local onde são expostos na íntegra todos os textos produzidos.

Atualmente, o Diga Lá também atua como um meio de divulgação dos projetos da escola e interage com vários setores para realizar eventos interessantes à comunidade do Santa Cecília. Tentando sempre ampliar sua percepção aos acontecimentos que ocorrem em nossa cidade, o grupo também traz figuras de fora da escola para entrevistas e discussões mais aprofundadas sobre uma temática específica, a exemplo dos debates com os candidatos ao Governo do Ceará (2006) e à Prefeitura de Fortaleza (2008).

Ocorrendo paralelo aos horários normais de aula, o projeto do Diga Lá só vem a acrescentar a formação educacional e humana dos alunos, que estimulam uns aos outros a aguçar o senso crítico e perceber o quanto se pode fazer pelo mundo. Sentar, mesmo que semanalmente, para discutir o que está acontecendo pelo globo, atiça nos jovens um sentimento que há muito vem sendo sufocado sendo abafado ntimento que hppara discutir o que ests tras seratividade, por um sistema competitivo e desigual: o de lutar por um mundo melhor. E mesmo saindo do Diga Lá, o jovem leva uma bagagem incalculável, como coloca Camila: “É até doloroso falar assim de fora, mas fica a lembrança das discussões, dos eventos, o primeiro contato com o 'jornalismo' e, principalmente, a esperança de um mundo mais igualitário pela transformação das pessoas”.

De nada adiantaria que as reflexões sobre os grandes temas da atualidade morressem numa mesa do setor de uma escola. É por isso que o Diga Lá converge em diferentes mídias. É por isso que o Diga Lá existe. E é por isso que o Diga Lá vai continuar existindo.



Texto publicado na Revista Interatividade, Ano 3 - Nº 5, maio/junho de 2009.

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