terça-feira, março 18, 2008

Ping Pong com André Ribeiro e Stênio de Carvalho

Conforme anunciado na edição especial do Interatividade, aqui vão duas das entrevistas na íntegra que nos ajudaram a compor o artigo. Ao logo do tempo, iremos colocar as outras, por isso, acompanhem o blog!

Diga Lá - Por que você decidiu ir estudar fora?

André Ribeiro* - Para mim, a experiência de estar imerso numa outra cultura e estudar através de novos métodos de ensino me fascinou desde que fiquei sabendo das oportunidades que a UFC dispunha. Sem contar da experiencia de sair da casa dos pais e se "emancipar" antes do tempo.

DL - Você acha que as viagens pedagógicas do colégio têm alguma influência ao grande número de alunos do Santa Cecília que querem estudar/morar fora?

André - Com relação as viagens do colégio, eu participei de poucas. Fui para o Cariri e para Canoa Quebrada, o choque cambial não me deixou participar da Euro do meu ano. Mas acho que o colégio proporciona boas experiências culturais que geram certamente uma vontade de "fugir" da sua rotina.

Abaixo, a entrevista com Stênio de Carvalho, que passou no vestibular da UNICAMP E UnB.

Diga Lá - Eu quero saber se o que te moveu pra tentar ingressar num curso de uma universidade que não fique aqui no estado (no teu caso, a UNICAMP) tem alguma ligação com as viagens pedagógicas que o Santa Cecília promove - tu já foi a alguma?

Stênio de Carvalho - O que me motivou para procurar um curso fora do ceará foi a chance de poder construir uma vida mais minha desde cedo, aprender a fazer essas coisas que os adultos fazem e adquirir responsabilidade de uma forma mais rápida. Como eu já sabia que o meu campo era engenharia, procurei uma que não tivesse no ceará e que fosse do meu agrado, claro. Aí eu conheci a mecatrônica e foi amor à primeira vista. - não, as viagens pedagógicas não tiveram influência, os motivos foram 80% familiares, 15% foram os filmes e os outros 5% foram motivos acadêmicos.

DL - Outra coisa é que muitos pais temem que seus filhos façam faculdades em outros estados, até por conta do custo de vida nesses lugares, das novas relações que não vão poder ser avaliadas por eles mais de perto; por conta da distância e blábláblá. Tu teve de enfrentar tua mãe ou teu pai nessa tua decisão de cursar algo fora? Se sim, conta aí como foi.

Stênio - Bem, de início meus pais me apoiaram, acho que eles não levaram muita fé, estavam meio que esperando que eu percebesse o salto no escuro que eu estava prestes a dar. aí passaram dois meses e nada de eu dizer 'é, que idéia idiota a minha' e eles começaram a repensar, entre eles. Semanas depois eles vieram me comunicar que não seria possível, que eles não podiam me jogar num lugar estranho dessa forma e que eu era muito novo, inocente e bobo pra levar uma vida sem um adulto por perto. Eu entendi, mas não aceitei. Nisso o tempo foi passando e eles começaram a ver que um dia eu sairia de casa mesmo e eu perderia grandes oportunidades deixando de ir para o sudeste (onde tem mais indústrias, e tal). Acabou que eles me apoiaram e agora estamos todos esperando ansiosos o resultado do vestibular dia sete de fevereiro.
DL - O que tu espera como conseqüências da tua decisão?

Stênio - Eu espero fazer bons contatos na UNICAMP, viver mais pela minha conta, arranjar uma monitoria remunerada ou trabalhar numa pesquisa da universidade assim que possível, ler tudo que eu li pela metade no terceiro ano, assistir a todos os filmes e séries que o mar de aulas não me deixou assistir; espero encontrar pessoas de mente aberta, encontrar uma república barata e me tornar um profissional bastante competente.

*André Ribeiro é ex-aluno do Santa Cecília e cursa engenharia na UFC. Atualmente, está na França por causa de um convênio existente entre a universidade cearense e uma francesa.


Camila :D

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