Às oito horas da manhã já estava todo mundo no colégio, sentados no chão da cantina para a acolhida com o professor Gilson. Depois, no ônibus, o professor Bastos deu um show no violão, enquanto a professora Sílvia e os alunos que estavam mais perto acompanhavam cantando. Então chegamos ao Iprede, e fomos direto para o auditório. Lá, a coordenadora da Gestão de Parcerias, Eliane Melo, explicou para gente tudo o que precisávamos saber sobre o instituto. Mostrou fotos das crianças e também um vídeo mostrando a história do Iprede.
Ela também chamou a atenção para os meios pelos quais o Iprede recebe ajuda. Doações são sempre bem vindas, seja de roupas, alimento, brinquedos... As roupas e sapatos novos ou usados que são adquiridos são vendidos para os pais das crianças a um baixo custo no bazar do Iprede. Assim, pessoas que não podem nem entrar em lojas porque sofrem preconceito, têm a chance de comprar as coisas de que tanto precisam por um preço que podem pagar. “Aqui eu me sinto gente”, diz uma das mães.
As mães também podem ser “Mães Colaboradoras”. Vão trabalhar no Iprede uma vez por semana e recebem uma diária, vale transporte, cesta básica, além de serem alfabetizadas. Quem quiser também pode ser voluntário. Pode-se escolher entre contar notas fiscais, ajudar no bazar ou cuidar das crianças. Para trabalhar com as crianças há um treinamento prévio. Já para contar notas fiscais, é só chegar e falar com a recepcionista, que está lá das 7 às 18h, de segunda a sábado. Pessoas de qualquer idade podem participar. O voluntário mais jovem do Iprede é uma menina de oito anos, que vem fazendo o serviço muito bem.
Alunos brincando com as crianças
Blusas que foram sorteadas para os alunos
Hora do lanche
No final da visita, fomos conversar com Eliane Melo:
Luana: Como é trabalhar no Iprede?
Eliane: Todo dia é um aprendizado, cada dia que a gente chega aqui a gente descobre um mundo diferente, nós aprendemos com essas crianças coisas que nós não vemos em canto nenhum: a simplicidade, o valor das pequenas coisas; eles nos ensinam muito, acho que eu aqui no Iprede aprendo muito mais do que posso dar pra eles.
Luana: Faz quanto tempo que você trabalha aqui?
Eliane: Três anos.
Luana: Vocês não têm ajuda do governo por que não querem ter ou por que não conseguiram?
Eliane: Porque não conseguimos. Já tentamos muito!
Luana: Mas conseguem parcerias né?
Eliane: Parcerias sim, da grande sociedade, a população de uma maneira em geral é que nos mantêm, os empresários, as pessoas físicas, pessoas assim como vocês, como os colégios, nos ajudam muito. É o que mantém o Iprede.
E também com os alunos:
Luana: O que vocês acharam da visita ao Iprede?
Juliana, 8ªC: Na minha opinião essa foi uma visita muito interessante, porque a gente aprendeu muitas coisas sobre o Iprede e a gente pôde sentir na pele qual é a realidade de outras pessoas e ver uma realidade muito, muito diferente da nossa.
Gabriela Nascimento, 8ªC: Eu achei que essa visita ao Iprede mostrou que apesar de todos os problemas que elas têm, elas tão sempre alegres, sempre brincando, e com o pouco que elas têm elas conseguem mostrar pra gente que existe outra coisa além do nosso mundo, além da nossa vida.
Para mais informações sobre o Iprede: (85)3218 4000 http://www.iprede.org.br/
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